O Upper Atmosphere Research Satellite (UARS), lançado em 1991 e desactivado desde 2005, passou esta madrugada por Portugal e deverá colidir com o "Planeta Azul" a partir do final da tarde, de acordo com a última previsão da NASA.
"Como se trata de uma reentrada descontrolada, ou seja, não é uma reentrada programada como já se fez no passado com outros objectos espaciais, neste caso não sabemos exactamente em que sítio da Terra é que estes bocados vão cair, mas não é provável que seja numa zona habitada", afirma José Augusto Matos.
O UARS tem cerca de seis toneladas e vai desintegrar-se parcialmente quando entrar na atmosfera, mas alguns pedaços (num total de 500 quilos) deverão conseguir atingir a superfície terrestre a alta velocidade.
"Qualquer peça de um satélite que entre na atmosfera terrestre vem com uma velocidade muito elevada. Nós estamos a falar de um satélite que neste momento está à volta da Terra a oito quilómetros por segundo, ou seja a 28 mil quilómetros por hora. Quando ele fizer a reentrada, vai fazer uma reentrada com essa velocidade, o que significa que uma peça, por muito pequena que seja, atinge a Terra a uma velocidade considerável e, desse ponto de vista, se bater numa zona habitada constitui perigo", refere José Augusto Matos.
O METEORO CAIU
Um meteorito causou um grande clarão ao cair durante a
noite na região do meio-oeste dos Estados Unidos,
segundo informações divulgadas nesta quinta-feira pela
agência AP. O rastro de luz que se formou no céu foi
registrado nesta quarta-feira por uma webcam instalada no
telhado de uma universidade na cidade de Madison,
Estado de Wisconsin.
O clarão também pode ser visto nos Estados de Missouri,
Illinois e Iowa. As autoridades informaram que a queda não
causou estragos. Além disso, nenhum fragmento do corpo
celeste ou cratera foram encontrados.